sábado, 29 de outubro de 2011

Estudantes da USP ocupam diretoria e reivindicam saída da PM do campus

Confronto expulsou policiais do campus, depois da detenção de alunos do curso de Geografia que fumavam maconha.

                                      da Redação


Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) ocupam desde o fim da noite de quinta-feira (27) o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Os manifestantes reivindicam o cancelamento do convênio assinado pela Universidade com a Polícia Militar em setembro deste ano, a retirada dos policiais militares do campus e o fim dos processos administrativos e criminais que correm contra alunos e funcionários motivados por causa da atuação política na USP.
A ocupação foi decidida em assembleia com mais de 500 estudantes, após um confronto que ocorreu no estacionamento da FFLCH entre estudantes e dezenas de policiais, que estavam em quinze carros da Polícia Militar. Entre bombas de gás lacrimogêneo e cassetetes de um lado e pedradas do outro, a Polícia recuou e se retirou da Faculdade às pressas.
A revolta começou por volta das 18h, depois que PMs abordaram e prenderam três estudantes do curso de Geografia, que fumavam maconha dentro de um carro, no estacionamento que fica entre o prédio dos cursos de História e Geografia e o prédio do curso de Ciências Sociais. Após horas de manifestação, os alunos foram deslocados para uma sala de aula, com a presença dos seus advogados e da diretora da FFLCH, Sandra Nitrini. Os três acabaram detidos e seguiram para 91º DP, localizado na Avenida Gastão Vidigal, cerca de nove quilômetros do Campus.
A ida até o DP, onde ficaram acompanhados por Nitrini até por volta da 1h, rendeu a assinatura de um termo circunstanciado.
A indignação contra a PM no campus é antiga. Em setembro deste ano, a Universidade firmou um Convênio com a Polícia Militar para, supostamente, aumentar a segurança no campus. O que houve, entretanto, foi o aumento da repressão. Atualmente, é comum estudantes relatarem abordagem e revista por policiais. Até mesmo senhoras, conforme lembraram estudantes durante a assembleia, já foram revistadas e ficaram indignadas.

FONTE:www.brasildefato.com.br

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